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Agronegócios -

Efeitos da seca refletem na queda de produção em Goiás e no Brasil

Efeitos da seca refletem na queda de produção em Goiás e no Brasil

Após os períodos de seca no início de 2014, os levantamentos das safras brasileira e goiana de grãos começam a evidenciar perdas na produção. Em levantamento realizado pelos órgãos oficiais de estatística agropecuária, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados na última quarta-feira (12), as estimativas de produção para este ano são menores do que o esperado inicialmente, e possivelmente os recordes de produção previstos no começo da safra não serão alcançados.

Dentre os principais produtos afetados por estes problemas, a soja foi a mais comprometida. Isso se dá por esta cultura representar a maior parte da área plantada no estado de Goiás e estar presente principalmente nas regiões mais afetadas pela falta de chuvas. A expectativa inicial era que Goiás produzisse 9,5 milhões de toneladas do grão, sendo que o último levantamento da Conab apresentou reduções nestes números, ficando com uma produção de 8,5 milhões de toneladas, número que ainda pode sofrer reduções, segundo as estimativas da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).

Milho - No caso do milho, as perdas pela seca não foram tão acentuadas. Isso ocorre principalmente pelo fato de as áreas de milho verão estarem localizadas nas regiões onde a falta de chuva foi menos intensa. Em geral a área de milho teve uma forte redução nesta safra de verão, ficando 24% menor que na safra passada, e aliada à redução esperada também na produtividade, a produção deve ser 26% menor que no ano passado.

Feijão - No feijão primeira safra os resultados foram muito positivos, com um crescimento de 34% na produção em relação ao ano passado. Isso se deu principalmente pelo bom nível pluviométrico no período de desenvolvimento das lavouras, concentrado no período de outubro e novembro. Outro fator facilitador foi o período seco na época de colheita, evitando as possíveis perdas na qualidade e quantidade da produção pelo excesso de umidade. Essa boa produção também ocorreu em outros estados, o que gerou uma forte redução nos preços pagos ao produtor durante os meses de janeiro e fevereiro. Este preço teve uma recuperação nas últimas semanas, voltando a ficar acima dos R$ 100 por saca.

Chuvas - Em geral as chuvas ocorreram de forma regular de outubro até meados de dezembro. Após este período o volume de chuvas ficou abaixo da média, sendo que algumas propriedades ficaram sem chuva por mais de 30 dias consecutivos. Somente no final de fevereiro as chuvas voltaram com forte intensidade, gerando até mesmo problemas em função do excesso de umidade, o que atrapalhou a colheita da soja e trouxe atrasos no plantio da safrinha de milho.

Estas reduções na produção brasileira, aliada à alta demanda por grãos hoje no mundo, tem gerado um novo aumento nos preços comercializados no mercado goiano. Em geral nas últimas semanas tivemos uma alta considerável nos preços, principalmente na soja, com contratos sendo fechados acima de R$ 60 por saca, valor considerado muito positivo.
A safra de verão está caminhando para sua finalização e com todos os problemas climáticos enfrentados neste ano caminhamos para uma produção menor que no ano passado.

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