MP atua em prol da saúde humana
Sebastião Almeida
Denúncias de abates de bovinos como esta e vários outros feitos em condições irregulares e sem nenhum tipo de inspeção e a falta de higiene tem preocupado as autoridades e principalmente os consumidores de Edéia, pois no mínimo onze propriedades rurais do município, que são apontadas utilizam deste meio, para abater esses animais, que a princípio, clandestinos, com fins de comercialização.
Após tomar conhecimento desses abates, o Ministério Público, na pessoa da promotora de justiça de Edéia, Maria Cecília, solicitou á Policia Florestal que realizasse um amplo levantamento apurando as denúncias sobre a existência desses possíveis “matadouros” e de suas condições e da degradação causada ao meio ambiente.
Em uma das propriedades citadas a ossada e as vísceras dos bovinos mortos, eram jogados no mangueirão para os porcos comerem e até na nascente de um curso d’água foram encontrados ossadas. O MP de Edéia tem trabalhado com muita serenidade nesse caso e certamente os responsáveis poderão ser responsabilizados e até penalizados e multas poderão ser aplicadas, mediante a falta de higiene nesses “abatedouros” e o abate cruel dos bovinos, feitos muita das vezes a marretadas, sem qualquer tipo de inspeção sanitária. O corte para tirar o couro começa com o boi no chão, quando as regras são para manipular o animal com a carcaça suspensa. A distribuição da carne também é feita de forma improvisada.
Segundo apurado, a carne ao sair da propriedade rural, sem nenhum resfriamento acondicionamento adequado e resfriado, ela é transportada em uma espécie de tambor plástico sem tampa. Devido o problema ser de relevância, pois se trata de saúde humana, uma vistoria nos estabelecimentos que comercializam carne na cidade para avaliar a qualidade da carne poderá ser solicitada e acontecer com frequência .
De acordo com os especialistas, entre os problemas consequentes da prática ilegal, o principal deles são os riscos de contaminação à saúde pública e o meio ambiente através do sangue e restos de animais despejados os cursos d’água. Nos abates clandestinos o animal é morto a marretadas ou a tiros, seu sangue escorre pela terra e depois caem em rios ou córregos, locais onde geralmente são realizados os abates, para facilitar a captação de água, como foi verificado em algumas propriedades localizadas no município de Edéia.
Nos abates clandestinos não há um profissional habilitado para saber se o animal a ser abatido é saudável. A inspeção do veterinário é fundamental para detectar se o animal abatido sofria de alguma doença ou tinha algum processo de infecção. As mais comuns e que podem ser transmitidas ao homem são cisticercose, tuberculose, toxoplasmose e brucelose.
A promotora de Justiça de Edéia, Maria Cecília ao tomar conhecimento da gravidade das denúncias relatadas pela autoridade policial ambiental, com fotos, comprovando, falta de higiene, instalações em péssimas condições, transportes irregular, omissão de responsabilidade e até suspeita de contaminação do solo e mananciais de nascentes,.etc. A Promotora de Justiça de Edéia, Maria Cecilia, já tomou todas as medidas cabíveis, quanto aos procedimentos a serem deliberados.