Representantes dos três órgãos reunidos para elaborar um plano de combate ao crime
Murillo Soares
O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, se reuniu na manhã da última sexta-feira (13) com o secretário de Segurança Pública e Justiça (SSP), Joaquim Mesquita, e o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Arthur Toledo. A pauta foi o crescente número de furtos e roubos na zona rural do estado, que tem assustado e preocupado a população.
Já há algum tempo, Joaquim e Schreiner têm se encontrado para discutir o assunto. Na quarta-feira da semana passada (4), eles se reuniram na sede da SSP, acompanhados dos presidentes de Sindicatos Rurais (SRs) e produtores. O roubo de gado, segundo os pecuaristas, tem se tornado rotina e o assunto já é tratado como emergencial. “Estamos abrindo investigações para apontar para onde os animais roubados vão”, salientou Mesquita.
O secretário ainda informou aos demais componentes da mesa que deve-se estudar bem como os gados são registrados, manejados e criados para que se identifiquem as falhas e, em seguida, separá-las. “Estive observando o sistema dos Estados Unidos e percebendo vários aspectos que podemos incorporar em Goiás”, disse.
Arthur Toledo focou bastante na questão do rastreamento e sublinhou que é importante pensar em uma espécie de registro, para que a própria Agrodefesa tenha mais controle sobre a situação. Ele também sugeriu que o grupo de discussão sobre essa pauta seja ampliado para que todos pensem em conjunto.
Avanço
Para José Caixeta, presidente da Comissão de Assuntos Fundiários e Segurança Rural da Faeg, que também estava presente na reunião, a conversa foi. “Se algumas das medidas discutidas forem colocadas em prática, a situação vai mudar bastante”, conta. Ele aplaude o secretário Joaquim Mesquita por suas iniciativas e pesquisas e acredita no potencial das suas ideias.
Segundo ele, os maiores problemas acerca de segurança no campo são roubos de gado e assalto às fazendas. “Há muito assalto a mão armada nas propriedades, quando os assaltantes rendem os caseiros e sua família, amarram todos e levam o gado”, explica. Ele também relata que muitos assaltantes rendem os caminhões quando estão a caminho dos frigoríficos. E ainda há casos isolados em que matam o gado no pasto.
Com o que foi discutido, aliado a outras iniciativas vindas dos próprios produtores, Caixeta acredita que a insegurança no campo pode até mesmo deixar de existir. “Eu mesmo conheço vários casos de assaltos e roubos e é uma situação horrível. Essa reunião pode acabar com todos os casos que acontecem não só aqui, na região de Anápolis, mas em todo o estado”, conclui. (Foto: Larissa Melo)