Ação consiste em luva cirúrgica cheia de água morna simulando mão humana que acalenta e ampara o paciente internado na unidade do Governo de Goiás.
No atual cenário de pandemia, em que as visitas foram suspensas e o contato físico dos profissionais de saúde com os pacientes ficou distante, em meio a tanta paramentação, o Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) criou um serviço novo que visa dar maior carinho e humanização aos usuários internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
O projeto Mãos que Aquecem é uma atenção relativamente simples e consiste em uma luva cirúrgica cheia de água morna, que é colocada na mão dos pacientes, simulando uma mão humana que acalenta e ampara o paciente durante a internação. Há pesquisas científicas indicando que esse processo singelo acalenta e dá sensação de repouso e acolhimento aos pacientes.
De acordo com a coordenadora de enfermagem das UTIs 3 e 4 do Hugo, Caroline Marinho, o projeto começou na UTI 3, inspirada em ação que surgiu no Rio de Janeiro e viralizou nas redes sociais. “A técnica da mãozinha proporciona inúmeros benefícios aos pacientes que estão internados. Ao colocarmos a luva aquecida, eles sentem o conforto de um aperto de mão. É como se tivesse alguém o tempo todo com eles”, explica.
A profissional ressalta que a ação proporciona também uma melhora no quadro clínico do paciente. “Ao realizar o Mãos que Aquecem em pacientes com sinais vitais instáveis, foi possível observar uma melhora do fluxo sanguíneo periférico”, revela.
Para a psicóloga Tatyane Castro, o projeto fornece apoio e suporte ao paciente, pois simboliza que ele não está sozinho. “A simulação de um aperto de mão permite ao paciente se sentir amparado, ainda que simbolicamente, pelo calor humano, pelo gesto de proximidade. Conseguimos proporcionar um aconchego no ambiente hospitalar”, explica.
Fonte: SES/INTS. Governo de Goiás