Na última terça-feira (26) a Câmara Municipal de Goiatuba se reuniu extraordinariamente para apreciar, primeiro, o autógrafo de Lei 3.188/15 que havia sido vetado pelo executivo. Nesta votação, fora apreciada a matéria que suspende para apenas um por cento a suplementação de verbas no executivo. Em resumo, o pedido do executivo era de vinte por cento, e agora só poderá movimentar apenas um por cento dos recursos disponíveis, através de suplementação.
Porém, a maior movimentação na Casa e na galeria do plenário, foi em torno da denúncia oferecida pelo vereador Cleffer Lucas, contra a administração municipal, onde através de uma comissão processante irá verificar possíveis irregularidades no GoiatubaPrev, que é o Instituto de Previdência dos servidores públicos e cumprir as determinações legais, sobre o assunto.
Na denúncia lida pelo secretário da Casa, de 2013 a 2015 o Goiatuba Prev perdeu dinheiro do seu caixa e segundo as primeiras informações e documentação apresentada pelo vereador denunciante, algo em torno de R$ 9 Milhões de reais, que havia nas finanças do Instituto, fora retirado, deixando um saldo menor que R$ 20 mil.
Se observadas e analisadas de forma positiva, ou seja, se forem verídicos os indícios de irregularidade. As sanções vão desde processo crime à cassação do mandado do administrador que responderia por improbidade administrativa e apropriação indébita.
A reunião contou com a presença de vários populares, principalmente servidores ligados à educação e funcionários inativos. Pessoas ligadas a partidos políticos também compareceram, fazendo com que a galeria ficasse totalmente tomada, porém sem estar superlotada.
Dos 13 vereadores, 13 estiveram presentes. Além de um suplente, no caso em tela o suplente de Vereador Germi Fernandes, que assumiu nesta reunião a condição de vereador, haja visto, que o voto do denunciante, não poderia ser contado e nesta manobra, Germi, por alguns instantes, pode assumir o cargo, desta feita, pela segunda vez.
A decisão dos “nobres edis” foi unânime, ou seja, todos os presentes foram favoráveis ao recebimento das denúncias e ainda à instalação da Comissão Processante, que segundo o regimento interno, deveria ser instalada de imediato, na mesma reunião. Esta comissão foi escolhida através de sorteio e os integrantes são: Presidente, Arnaldo Salatiel, Relator Saulo Severo e membro, vereador Flaviano Alves. A comissão terá 90 dias para apresentar seu relatório.
O Jornal Goiás Interior, ouviu algumas das peças fundamentais para este processo. Primeiramente, o Presidente da Câmara Municipal, Vereador Weling-ton Carvalho (PSB), que falou sobre a importância democrática de se instalar esta comissão e deixar claro para a população o papel da “Casa de Leis” no município. Para ele, a instituição se portará, como sempre. Com isonomia e isenção, bem como, não verá nenhum motivo para que sejam abaladas as relações entre os poderes.
O Vereador Cleffer Lucas, autor das denúncias, informou que, a iniciativa de se provocar uma investigação mais profunda, nasceu justamente da falta de informação da parte oficial, ou seja, da administração do GoiatubaPrev. E de muitas reclamações e reivindicações de populares, principalmente dos funcionários públicos, aposentados e pensionistas do Instituto. “minha vontade, se Deus quiser, é que não haja nada” afirmou o vereador, que se diz tranquilo em cumprir suas obrigações como membro do legislativo.
Arnaldo Salatiel, presidente da comissão processante, também falou à reportagem e se mostrou pronto a investigar, bem como, se necessário for indicar a punição se forem encontradas as irregularidades de início, apresentadas. Na Câmara Municipal, ele ainda falou sobre a necessidade de esclarecimentos por parte dos administradores do GoiatubaPrev e, deixou bem claro ao Executivo que não está interessado em prejudicar nenhuma administração. Também, afirmou aos servidores, que agirá com o máximo de empenho para apurar toda e qualquer irregularidade caso haja. Todas as entrevistas estão à disposição no site do Jornal: goiasinterior.com.br.
Procurado pela reportagem, o presidente do GoiatubaPrev, Marcelo Canedo, revelou que o Instituto atualmente tem quase 500 aposentados e pensionistas e que os problemas vividos pela autarquia têm origem na sua fundação e que na última quarta-feira (27), durante uma reunião entre a direção do GoiatubaPrev e o prefeito Fernando Vasconcelos, ficou acertado que nos próximos dias, será realizada uma audiência pública para apresentar à sociedade os problemas do Instituto, suas origens, além de uma radiografia da situação econômica do município.