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Combustíveis, cheque sem fundos e contrato na saúde estão entre as denúncias que levaram a instalação de CPI

Combustíveis, cheque sem fundos e contrato na saúde estão entre as denúncias que levaram a instalação de CPI


O extenso Relatório com as informações contábeis da gestão do ex-prefeito Reinaldo Cândido, entregue pelo prefeito interino Noroel Buzain (PSC) à Câmara de Vereadores, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas dos Municípios traz alguns números que impressionam.  Em apenas 46 dias foram consumidos 174.400 litros de óleo diesel (média de3.791 litros consumidos por dia)  e segundo informações de servidores da Secretaria de Obras, nesse período as máquinas estavam paradas( veja quadro).

Para piorar esta informação, a Secretaria de Obras possui 3 tanques de combustível com capacidade de armazenar 15 mil litros cada um. Todavia, conforme declaração do secretário de Serviços Urbanos, Jay Gonçalves de Moura, um tanque armazena óleo diesel, outro armazena gasolina e o terceiro está desativo com defeito, ou seja, não havia local para armazenar tanto combustível, conforme afirma o Relatório entregue à Câmara.

Gasolina – O mesmo Relatório afirma que o consumo de 50.023 litros de gasolina em apenas 46 dias também está em desconformidade com a realidade da frota municipal e o problema da estocagem se repete, já que a prefeitura disponibiliza de apenas um tanque com capacidade de 15 para guardar do combustível.

Contrato – O secretário de Saúde Gleydson Costa Pimentel através de seus emissários tentou por diversas vezes localizar a sede da Associação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de Goiás sem sucesso para comunicar o distrato do Contrato firmado na gestão anterior que estava onerando excessivamente o município e aumentando o gasto na Secretaria (o contrato onerou os cofres públicos em quase R$ 300 mil por mês). Considerando que os emissários poderiam estar equivocados, o secretário foi pessoalmente acompanhado do presidente do Conselho Municipal Saúde Divino Welson Barbosa levar o distrato ao escritório da empresa, para sua surpresa, ao chegar no prédio, situado na Rua Fortaleza, 380, em Goiânia. Diante do fato, o secretário acionou a Polícia, registrou um Boletim de Ocorrência, dando ciência as autoridades da inexistência física da empresa.

Sem Fundos – Outro fato que contribuiu para enriquecer o Relatório foi a emissão de cheque sem saldo para liquidação, o que é proibido ao gestor público. O cheque de R$ 323.201,30, emitido em favor da Câmara Municipal foi devolvido na Alínea 11 (sem fundos). Segundo os vereadores que aprovaram a instalação da CPI para apurar se houveram irregularidades, o ex-prefeito agora terá tempo e condições para explicar o que aconteceu.


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