Com quase duzentos e cinquenta casos de dengue registrados só nas cinco primeiras semanas do ano, Goiatuba aparece com um dos piores quadros da região e deixa todos em estado de alerta. Os números de 2020 são piores do que os de 2015, ano que o município viveu uma grande epidemia, registrando mais de 3.500 casos da doença.
As autoridades alertam que além do clima extremamente favorável para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir doenças como a Dengue, Chikungunya e Zika, outros fatores contribuíram para este crescimento. Entre eles, o acumulo de recipientes (lixo) em quintais, lotes baldios, falta de manutenção nas calhas, ralos e grelhas das casas por parte dos moradores, além da falta do inseticida distribuído pelo Ministério da Saúde, que teve problemas na importação do produto, permitindo que o mosquito tive maior tempo de vida.
Outro ponto destacado por parte das autoridades é o grande número de imóveis fechados, sem habitantes, cujos proprietários não fazem a manutenção periódica, nos quais estão sendo encontrados muitos criadouros.
Segundo o coordenador do Núcleo Municipal de Vetores, Marcos Antônio da Silva, os Agentes de Combate a Endemias juntamente com os Agentes Comunitários de Saúde estão visitando casa a casa, orientando as pessoas, no entanto, na visita seguinte continuam encontrando recipientes com água parada e em muitos casos com foco.
Marco Antônio ressalta que esta semana o Núcleo recebeu um pouco de inseticida e já começou a realizar os bloqueios nos setores com maior incidência do mosquito. Ele conta que é importante interromper o ciclo de vida do mosquito adulto porque ele consegue viver até 40 dias e picar várias pessoas ao longo deste período.
A Secretaria de Saúde através do Núcleo de Vigilância em Saúde e da Atenção Básica capacitou médicos e enfermeiros das unidades da saúde (PSFs) para fazer o atendimento e acompanhamento destes pacientes com dengue na própria unidade que já cuida da família no dia a dia. O Hospital Municipal ficou responsável por atender os pacientes em que a doença tenha complicações e os casos agudos, que requerem maior atenção.