Saúde cria programa de combate ao escorpião
Com mais de 100 acidentes com escorpiões registrados somente em 2012 e 2013 e outros 6 casos em 2014, a Secretaria Municipal de Saúde resolveu criar um programa de Vigilância e Manejo do aracnídeos, através da coordenação de Endemias em parceria com a FUNASA. Dos 51 acidentes registrados em 2013, uma pessoa chegou ao óbito. Dos acidentes de 2014, um ocorrido com uma criança foi muito grave.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Saburo Hayasaki, o Buró, a região vive um surto de escorpiões e a Secretaria está contra-atacando para evitar maiores prejuízos para a população. A equipe comandada pela coordenadora de Endemias Andrea Peixoto de Pontes e o técnico responsável pelo programa Divino Carlos Batista Borges está fazendo um levantamento minucioso em toda cidade e alerta, a “barreira” física e geográfica de que o escorpião está apenas abaixo da Avenida Amazonas foi rompida e já é encontrado em setores da parte alta da cidade, deixando todos em alerta.
Divino Carlos relata que as crianças de 0 a 14 anos e os idosos são os grupos mais vulneráveis em caso de acidente com escorpiões e corre maior risco de desconforto ou até mesmo morte. Para o técnico, a forma mais simples de se combater o escorpião é manter os quintais limpos, retirando entulhos (telha, tijolo, madeira podre), eliminando frestas nas paredes.
Outras ações simples que podem ajudar no combate e evitar acidentes com o escorpião é a substituição dos ralos abertos por ralos abre e fecha, telinhas nas janelas, aves (galinhas) no quintal, afastar camas e sofás pelo menos 10 cm das paredes. Divino revela que para o Ministério da Saúde, “não há nenhum produto químico (veneno) eficiente no combate ao aracnídeo que pode ser fatal”.
O escorpião que sobrevive até um ano sem se alimentar, tem preferência por baratas, grilos, aranhas e outros pequenos insetos, ou seja, o controle das populações desses “alimentos” naturais é essencial para manter essa ameaça longe.