Sem grandes volumes de chuvas, conforme previsão meteorológica, as lavouras das principais regiões produtoras de grãos do Estado podem registrar quebra, especialmente na área plantada de soja, onde se não chover rapidamente e um volume significativo, a perda pode chegar até 20% da produção.
Esse é um período importante para a soja e o estresse hídrico está ocorrendo dentro dessa fase, onde o desenvolvimento pode ser afetado e causar estragos ainda maiores, já que chuvas intensas estão previstas apenas para a próxima quinta-feira (22). Se confirmar esta previsão, será o segundo ano consecutivo que o veranico incomum para janeiro prejudica produtores de soja de Goiás.
As regiões Sudoeste, Sul e Entorno do Distrito Federal, principais produtoras do Estado, sofrem com a falta de chuvas justamente na fase de enchimento de grãos, sendo que em algumas localidades não chove há 18 dias.
Segundo produtores, profissionais e diversas entidades ligadas ao agronegócio, as regiões produtoras não sentem uma boa chuva há cerca de dez dias. A combinação de altas temperaturas e baixa umidade compromete ainda mais a produtividade. Com umidade abaixo, de 32%, a planta não consegue realizar fotossíntese para desenvolver os grãos de soja dentro da vagem. Por outro lado, as altas temperaturas fazem com que as pancadas de chuvas que caem em algumas regiões evaporem logo quando tocam o solo, não beneficiando a planta, além de facilitar uma série de doenças, em especial as de final de ciclo.