Revisão na expectativa de produção divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento mostra incremento especialmente na produção de soja, trigo, sorgo e girassol, além de alto volume para a produção de milho. "Isso vem alinhado a um momento importante para o Estado, em que o Governo de Goiás trabalha em conjunto com os produtores rurais para melhorar as condições de produção", avalia Antônio Carlos, titular da Seapa.
A produção de grãos em Goiás deve alcançar um total de 27,98 milhões de toneladas na safra 2020/2021, de acordo com a última revisão dos dados divulgada nesta quarta-feira (11/03), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com esse incremento na expectativa, o aumento esperado chega a 1,6% em relação à safra anterior, que foi de 27,55 milhões de toneladas.
Conforme os dados divulgados, a área plantada também deve registrar acréscimo, passando de 6,07 milhões de hectares na safra 2019/2020 para 6,20 milhões de hectares na atual safra. A estimativa em relação à produtividade é 4,5 toneladas de grãos por hectare.
O incremento em março, na comparação com o boletim do mês de fevereiro, se deve em sua maior parte à expectativa quanto à produção de soja, que é estimada agora em 13,72 milhões de toneladas (aumento de 4,3% em relação à safra anterior), em uma área plantada de 3,7 milhões de hectares (aumento de 4,2%).
Conforme avalia o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, esse aumento na projeção reforça que o produtor tem encontrado boas condições para produção, graças ao alinhamento entre as condições de expansão de suas lavouras e de investimento. "Isso vem alinhado a um momento importante para o Estado, em que o Governo de Goiás trabalha em conjunto com os produtores rurais para melhorar as condições de produção, como no caso das linhas de créditos ao setor rural que visam fomentar o investimento no campo, além da melhoria das condições de escoamento, na frente de trabalho pela recuperação de estradas. Mostra que o Estado acredita e investe no setor agropecuário."
Trigo, sorgo e girassol - O levantamento aponta, ainda, acréscimos consideráveis em culturas de segunda safra, sobretudo em relação a trigo, sorgo e girassol. A estimativa da produção de trigo continua elevada, com a expectativa de aumento de 161,5% em relação à safra anterior, fazendo com que o Estado espere colher 241,6 mil toneladas do grão.
O sorgo deve aumentar a produção na safra 2020/2021 para 1,3 milhão de toneladas (acréscimo de 18,4% em relação à safra passada), mantendo o Estado em primeiro lugar na produção nacional. Enquanto a expectativa da produção de girassol no Estado deve ultrapassar a de Mato Grosso, nesta safra, elevando o Estado ao primeiro lugar no ranking nacional de produção com a estimativa de 33,8 mil toneladas (aumento de 2,7% em relação à safra passada).
Arroz, feijão e milho - Apesar de pequena em comparação à produção de outros estados, a produção de arroz e feijão em Goiás também deve crescer segundo o levantamento atualizado. Na safra 2020/2021, o Estado deve colher 346,2 mil toneladas de feijão (aumento 4% em relação à safra passada) e 130,9 mil toneladas de arroz (aumento de 8,7%).
A produção de milho, que continua com números expressivos no Estado, deve sofrer ligeira redução de 3,9% em comparação à safra anterior, considerando o total da 1ª e 2ª safras. Mesmo assim, a produção da 2ª safra deve registrar aumento na comparação com a safra 2019/2020 e atingir 10,62 milhões de toneladas. Considerando a produção total, o cereal deve alcançar 12,13 milhões de toneladas, atrás apenas do volume produzido na cultura da soja.
Antônio Carlos, da Seapa, acredita que, apesar do ligeiro recuo da produção do milho na 1ª safra, o cenário aponta para um bom momento no mercado em que produtores e consumidores devem ser beneficiados. "A produção de milho, que é uma importante matéria-prima para indústrias de base, como a de ração e de alimentos, continua com volume muito expressivo e uma boa opção na 2ª safra, por um lado. Por outra vertente, mais produtores têm aberto espaço para a produção de outros tipos de culturas. Arroz e feijão vêm ganhando espaço, por exemplo, e isso contribui para a oferta desses produtos ao consumidor. É um ciclo muito dinâmico, mas que tem trazido bons cenários para Goiás"', finaliza.