O mundo inteiro se mobiliza em benefício da coletividade: países entram em quarentena para controlar alastramento da Covid-19 (novo coronavírus). Enquanto todos fazem sua parte, não saindo de casa e evitando contato físico com outras pessoas como medidas de segurança e garantia de saúde, no campo o trabalho não para e segue com o objetivo de continuar abastecendo as mesas da população.
A agropecuária desempenha um papel importante nessa cadeia de abastecimento e o Governo de Goiás tem adotado medidas para garantir que produção, industrialização e distribuição dos produtos não sejam prejudicadas.
"As medidas que temos tomado, principalmente o Decreto 9.638, de 20 de março de 2020, assinado pelo governador Ronaldo Caiado, vêm para garantir a manutenção desse setor e a segurança desses trabalhadores no campo. Transportadores e distribuidores também são fundamentais para garantir que o alimento chegue às mesas. Com a união de todos venceremos essa guerra", comenta o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Antônio Carlos de Souza Lima Neto.
O Decreto 9.838 prevê atividades que devem ser suspensas e mantidas para o enfrentamento inicial da emergência de saúde decorrente do Coronavírus. Por exemplo, devem continuar as atividades os estabelecimentos comerciais que atuem na venda de produtos agropecuários, guar-dando obediência às determinações das autoridades sanitárias de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, especialmente quando a atividade exigir atendimento presencial da população.
De acordo com o documento, no período de contenção, todos os envolvidos nas cadeias produtivas e comerciais de produtos agropecuários funcionarão assegurando, assim, a oferta de alimentos para a população, com toda a responsabilidade para que a vida de todos os colaboradores e consumidores seja preservada; as empresas de fornecimento de insumos agropecuários permanecem em funcionamento, atendendo os produtores rurais de forma remota ou por agendamento prévio, evitando aglomerações; laticínios, frigoríficos e indústrias de processamento de produtos alimentícios estão autorizados a funcionar e manter a captação de produtores rurais, desde que implementem medidas de prevenção de contágio por Covid-19, com a oferta de material de higiene e instrumentos adequados à execução do serviço.
Os empregados devem ser orientados sobre a necessidade de manutenção da limpeza dos instrumentos de trabalho, conforme recomendações do Ministério da Saúde e das Secretarias de Estado e Municipais da Saúde, garantindo distância mínima de 2 metros entres seus funcionários.
Nas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), as atividades não foram interrompidas, garantindo que o alimento seja distribuído. Ainda assim, algumas medidas foram adotadas para que não haja aglomeração de pessoas, conforme explica a presidente do órgão, Vanuza Valadares.
“Estamos trabalhando intensamente para atender as recomendações dos órgãos de saúde e manter abastecimento. Restringimos o acesso ao galpão do produtor e os colocamos em espaços abertos, em grupos menores para evitar grandes aglomerações. Também orientamos que os compradores da região metropolitana e do interior venham em horários diferentes”. No local, foram instalados pontos extras para higienização das mães e disponibilizado álcool em gel.