Semeadura da safra de verão 2020/2021 pode ser iniciada no dia 25 deste mês
O vazio sanitário da soja, medida estratégica adicional no manejo da ferrugem asiática da soja, entra na etapa final, mas precisa ser cumprido pelos agricultores até o seu término que, este ano, será no próximo dia 24, conforme estabelecido na Instrução Normativa Agrodefesa nº 07/2020.
O alerta é do Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária – (Agrodefesa), reforçando que a semeadura da safra de verão 2020/2021 poderá ser iniciada no dia 25 deste mês.
O vazio sanitário (que começou no dia 1º de julho) é o período no qual não pode existir plantas voluntárias (tigueras) de soja no campo, principalmente nas áreas que foram cultivadas na safra de verão.
O presidente José Essado conclama os agricultores para que continuem observando o vazio sanitário, por tratar-se de uma medida eficiente no manejo da ferrugem asiática da soja. “Os maiores beneficiados são os produtores, porque à medida em que eliminam as plantas hospedeiras, menor será a incidência do fungo da ferrugem nos plantios de verão, inclusive retardando o surgimento da praga. Isso significa também redução de custos pela menor necessidade de aplicação de agrotóxicos”, ressalta Essado.
Conscientização
Um aspecto positivo verificado no cumprimento do vazio sanitário da soja este ano é que os produtores estão fazendo sua parte, eliminando as plantas tigueras das áreas de produção, o que é demonstrado com dados estatísticos de fiscalização.
De um total de 1.144 operações de fiscalização realizadas nos meses de julho e agosto pelos fiscais estaduais agropecuários, foram contabilizadas apenas 33 infrações, ou seja, menos de 3%. Para José Essado, isso mostra que os produtores estão conscientes da importância da medida e mantêm as áreas sem plantas voluntárias de soja. Os trabalhos de monitoramento e fiscalização continuam até o fim do vazio sanitário, ação que é coordenada pela Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa.
Quanto à antecipação da semeadura em seis dias, foi autorizada pelo governo estadual por meio da Agrodefesa, atendendo solicitação feita por entidades representativas de produtores como a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg); Associação dos Produtores de Soja, Milho e outros grãos Agrícolas (Aprosoja-Goiás); Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) e Associação Goiana dos Produtores de Sementes e Mudas (Agrosem), que apresentaram justificativas técnicas após discussão do tema.