DIAS ATUAIS: O QUE QUEREMOS?
Os dias atuais têm gerado inúmeras dúvidas no ser humano. O que ontem parecia irreal, absurdo, impossível, hoje já nos é normal, corriqueiro. Dia após dia novas situações extremas acontecem e que acabam por integrar o nosso cotidiano. Adaptamo-nos a uma nova situação que antes parecia distante do nosso mundo. E amanhã o que nos espera? Notamos que tudo caminha para o pior. Muitos procuram levar vantagens sobre os demais, sem se importarem com suas consequências. Outros defendem pontos de vista sem ao menos analisar os resultados. E assim, pouco se acrescenta de positivo em nosso dia a dia, pois a sociedade parece ter perdido o sentido do respeito a si própria e ao mundo em que vive. Analisando tudo isso, podemos perguntar: Será que o ser humano quer realmente melhorar o seu mundo? Será que é possível vivermos num mundo onde haja sinceridade e não falta de escrúpulos, respeito e não a desonestidade, amizade e não pessoas que se olham temerosas umas das outras? Ora, melhorar tudo isso é o que desejamos, sem dúvida. No entanto, o que fazemos para que a sociedade melhore? Analisemos bem; será que agimos conforme nosso desejo de vivermos numa sociedade mais justa, livre e solidária? Ou será que só falamos dos demais e os criticamos sem analisarmos nossas atitudes? E que atitude tomamos? Agimos nós defendendo o que queremos ou nossas palavras são estéreis, pois nossas atitudes são contrárias ao que dizemos? Atitude, essa é a síntese do que cabe ao ser humano fazer.
Palavras são sementes estéreis jogadas à terra que nada produzirão. Somente a ação é a semente que frutifica e que poderá trazer meios de se criar uma sociedade diferente desta. Não é esperando de nossos vizinhos, da política, de ídolos, heróis ou de qualquer outra pessoa, que passaremos a ter uma sociedade melhor, mas é assumindo a nossa responsabilidade, no nosso mundo, dia após dia. É fazer o melhor hoje, agora. A ação mais importante para que se mude a sociedade é analisar o que fazemos, é reconhecer o que é bom ou ruim, e termos um posicionamento, pautados em valores que trazemos dentro de nós. Para agir é necessário esse reconhecimento e refutar aquilo que passamos a entender como desnecessário para uma sociedade melhor. É deixar de lado hábitos que já não são mais importantes e que vemos não se constituírem em atitudes que refletem o nosso desejo. Mas, antes de agir, cabe-nos duas outras perguntas: Queremos mesmo viver numa sociedade mais justa? O que realmente queremos?
Divino Alves Sousa, professor.
