EM BUSCA DE ALGO PELO QUE VIVER
Como devemos ver a vida? Será a vida uma existência de passagens sem sentido de uma fase para a outra? Ou há um objetivo maior, algo pelo que viver?
Quando somos jovens, pensamos que quando formos crescidos teremos todas as respostas. Saberemos o que queremos fazer como fazer e com quem fazer.
Mas quando estamos mais velhos nos damos conta de que não funciona assim. As perguntas não desaparecem, e as respostas não surgem como num passe de mágica. Só porque somos crescidos não significa que acabamos de crescer.
Por toda nossa vida continuaremos a fazer as perguntas eternas: “Por que estou aqui?”, “Qual é o meu objetivo?”, “Pelo que estou vivendo?”. E enquanto continuaremos a fazer essas perguntas repetidamente, elas de certa forma se tornam mais prementes, mais urgentes e, de forma definitiva, mais pungente na segunda metade de nossas vidas.
Mas afinal chegamos a um momento em que as respostas já são óbvias. Então, chega à hora em que formulamos a seguinte pergunta: Quem eu quero ser agora que cresci?
Em nossa jornada pela vida, alguns dos caminhos que trilhamos são estradas asfaltadas, lotadas de companheiros de viagem; outras são estradas menos usadas. Em certos momentos o caminho para frente é bastante claro; em outros, somos obrigados a percorrer um território não mapeado.
Algumas vezes estamos em uma trilha, mas não sabemos. Em outras podemos pensar que estamos em uma trilha, mas não estamos. Em certos momentos abrimos à trilha enquanto seguimos, e há momentos em que estamos de fato perdidos. Mas chega um momento na vida que temos de descobrir nosso próprio caminho. Temos de olhar como chegar e aonde queremos ir, mesmo que não estejamos muito certos de onde fica.
As respostas podem estar em todos os lugares, mas as verdadeiras, aquelas que mostrarão o verdadeiro propósito da vida, estão dentro de você. È preciso olhar para dentro de si mesmo, descobrir quais as suas aflições, as suas angústias, as suas necessidades, as suas alegrias. É preciso ver o amor que tem para dar, a alegria que há para repartir, todos os sentimentos que podem contribuir para um propósito de vida. Um propósito determinado por você.
Texto sugerido por Fátima Vargas. Fonte: Richard J. Leider e David A. Shapiro (livro O Propósito da Vida).