“FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA”
Por Rogério Barbaresco
Muitas são as raízes da pobreza e desigualdade social no Brasil, mas talvez a mais profunda delas seja o desleixo dos governos e da sociedade com a educação formal. Os professores brasileiros, sobretudo os do ensino fundamental e médio, são submetidos a jornadas hebdomadárias extenuantes em sala de aula, com uma mísera contraprestação salarial que beira perigosamente com condições inanes de dignidade humana.
Não por acaso, o Brasil é um desastre em qualquer índice internacional de qualidade da educação. Nossas crianças saem das escolas públicas monolíngues e sem compreensão de um texto que acabaram de ler, lesadas em relação às quatro operações matemáticas básicas e obtusas aos conceitos mais universais de cultura.
Faltam-lhes quase tudo: professores motivados, pais atuantes, gestores públicos com olhos que não em seus umbigos e, principalmente, um futuro próspero.
Um país que se pretende grande, jamais o será sem valorizar a educação de seu povo. Vejam os americanos. Por mais grave que seja a crise econômica por lá, eles continuam a produzir patentes, artigos científicos e doutores como nenhum outro país no mundo – e também ganham Nobel todo ano. Se metem em guerras até onde não são chamados, mas já venceram o inimigo que hoje nos aniquila o desenvolvimento humano: a baixa escolaridade.
Nesta semana de Dia dos Professores, quaisquer palavras deste que vos subscreve, que é filho de professora, seriam insuficientes para homenagear a mais digna profissão do mundo e encorajá-la a seguir sua missão. Mas é preciso dizer algo e cito um verso da poetisa Cora Coralina no título deste texto, como homenagem aos mestres. Parabéns professores. Parabéns mãe.
Rogério Barbaresco, nascido em Goiatuba, filho da profª Etelvina, é advogado e técnico judiciário do TRE de Santa Catarina. Reside em São Lourenço d’Oeste – SC