Depois de 500 mil óbitos acontecidos, na CPI da Covid-19, cinicamente os membros daquela prática de horrores em direção a um objetivo etéreo, os parlamentares tiveram a distinta desfaçatez de fazer um minuto de silêncio em respeito ao número de nacionais levados pela pandemia do momento.
Sirvo-me da expressão cinismo pelo fato do que estão querendo fazer em nome de uma causa que foi macabramente patrocinada pelos diretores tanto estaduais como municipais que, literalmente, se lambuzaram com os recursos financeiros enviados pelo Poder Executivo para todo o país, a fim de fazerem frente às necessidades médicas, hospitalares e medicamentosas, trazidas pela grandiosa festa que o vírus, lançado ao mundo, está fazendo com toda a população do planeta e, em especial, a nossa frágil população brasileira.
Para uns o vírus foi o que sabemos, uma tragédia! Para as farmacêuticas foi o verdadeiro banquete! A CPI está mostrando coisas de fazer corar de vergonha o demônio. Como por exemplo tornar público que respiradores foram comprados por meio de uma empresa que negociava com maconha. Em outra circunstância instrumentos operacionais foram comprados por meio de uma distribuidora de vinhos e nada ter sido feito, objetivamente contra os malfeitores. É de se perguntar qual a verdadeira razão do minuto de silencio?
Apesar de quererem, aberta e francamente, atribuir as culpas por essa tragédia toda ao chefe do Poder Executivo, não dá para esquecer a participação direta e oficial dos governadores e prefeitos municipais na circunstância que mereceu, no momento, um minuto de silêncio para, literalmente, posarem de tudo aquilo que alguns membros dessa Comissão Parlamentar de Inquérito, não são: Seres humanos racionais e sensatos!
A CPI não sabe se se mostra racional ou sensata no tocante aos convocados para depor e trazer e expor as suas verdades para a sociedade. Os responsáveis pelos estados receberam vultosas somas financeiras para atenuar o efeito do vírus na sociedade brasileira e isso não aconteceu.
Os governadores, receptores dos bilionários recursos financeiros para tratar da covid, não serão chamados a prestar explicações.
O responsável pelo Poder Executivo só poderá ser punido, segundo a Constituição Federal, pela PGR e STF se faltar com a sua parte no sistema tripartite de atendimento à saúde composto por estado, município e governo federal.
Adm. Prof. Cícero Maia, CRA: 012.767.
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