O futuro a Deus pertence
Adeídes Rodrigues Pereira
Certa vez, em um dos diversos congressos que participei, pude participar de uma palestra protagonizada pelo global Alexandre Garcia o qual nos mostrou em cerca de uma hora, o que é o submundo político brasileiro, em especial o vivenciado por ele em décadas de vivência em Brasília.
Como o congresso era voltado para administradores, e boa parte do público presente era formado por estudantes de administração, ele procurou mostrar aos jovens como não se perder por esses labirintos cancerígenos da administração pública que em raros casos são ocupados verdadeiramente por administradores.
Procurou apresentar aos presentes o que acontecera ao longo das últimas 4 décadas e como aos holofotes da impressa são dito uma coisa e por trás das cortinas se praticava outra. Segundo o jornalista, “por pior que isso possa parecer, no Brasil, ser honesto tem sido uma exceção”.
Diante do exemplo dado por este brilhante profissional, aproveito a oportunidade para alertar aos novos administradores e seus auxiliares que o Brasil, nosso Estado e nossos municípios estão à procura de exceções. Que os novos gestores e seus “companheiros” e “correligionários” não se percam pelos labirintos citados por Alexandre Garcia, que à exemplo de alguns, usem o mandato e o poder lhes confiados em prol da coletividade, da justiça social e do desenvolvimento sustentável.
Aos novos gestores, peço a Deus que lhes deem muita tranquilidade e desarmamento de espírito e coração, porque não governarão para pequenos grupos, mas para todos, inclusive para os que não votaram ou votaram contra. É preciso que estes gestores não se vistam da armadura da vingança, perseguição, corrupção e que possam ser homens e mulheres probos ao final de seus mandatos e que seus auxiliares também sigam por esse caminho, não cedendo às tentações das ofertas fáceis que os malfeitores da sociedade possam lhes oferecer, mesmo que pareçam atrativos ou irresistíveis.
Assim, posso afirmar que realmente o futuro a Deus pertence, mas é possível que cada um de nós ajudemos a fazê-lo “diferente”, contribuindo para que ele não seja tão cruel, ou seja, para isso, basta agirmos da forma correta, inclusive cobrando dos demais para que essa atitude se torne prática comum e não exceção, conforme relatou Alexandre Garcia. Agindo dessa forma, não aceitaremos a intolerância racial, religiosa, sexual. Não aceitaremos a corrupção passivamente e denunciaremos atos ilícitos de qualquer gestor, mesmo sendo um amigo ou parente.