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O sábio e a virtude da alma

“Às vezes, a minha alma se eleva com a magnitude do pensamento, torna-se ávida por palavras e aspira às alturas”.

Sêneca (4 a.C.?-65d.C.) filósofo, dramaturgo e entre outras colocações, nos revelou o parágrafo acima e convida-nos a vencer os reveses da sorte, deixando de lado os prazeres, não valorizando as riquezas e eliminando aquilo que nos traz infelicidade. Afirma ainda que a felicidade se constrói por meio da razão, da retidão e da harmonia com o universo.

Alguns navegam e enfrentam os trabalhos de uma peregrinação muito longa apenas pelo prêmio de conhecer algo longínquo e oculto. É isso que reúne a multidão para os espetáculos, é isso que nos leva a buscar coisas não aparentes, a questionar as secretas e a remexer antiguidades.

Quem quer que tenha o firme propósito de se tornar útil aos cidadãos e, ao mesmo tempo para quem trabalha e produz, deverá administrar de acordo com suas condições, as dádivas valiosas da vida.

O sábio não deve ter acesso a negócio público a não ser que seja obrigado, o que se exige do homem é que seja útil ao maior número de semelhantes, se possível. Caso não consiga, sirva a poucos, ou aos mais próximos, ou a si mesmo.

Existem três modos de vida e cabe-nos questionar qual o melhor: o que se consagra ao prazer; o que se consagra à contemplação ou aquele que se dedica a ação? Em qual dessas provocações você está?

Não existe nada de tão amargo que não encontre consolo numa alma equilibrada.Penso que muitos poderiam ter chegado à sabedoria se não pensassem já serem sábios, se não tivessem dissimulado para si mesmos algumas coisas e se não tivessem passado por outras tantas com os olhos fechados.

Ou seja, estar em paz consigo mesmo, e que essa alegria não se interrompa, mas permaneça em estado plácido, sem elevar-se, sem abater-se. A isso eu chamo: tranquilidade.

Deve-se praticar a virtude em detrimento do vício para ser feliz. Pensem!

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