Quem foi ao supermercado para comprar arroz se assustou com o preço do pacote de 5KG, na casa dos R$25,00. Há um mês, o mesmo produto, agulhinha, tipo 1, era encontrado na faixa dos R$15,00. Segundo Pedro Arantes, analista do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás, IFAG, esse reajuste, que varia entre 40% e 50%, está pautado em quatro fatores: Pouca oferta e maior consumo; baixo estoque; dificuldade de transporte e fator cambial para importação.
“Na Safra 18/19, o produtor produziu 15% a menos por causa dos custos altos. A safra 2019/20 permaneceu igual. Com isso não tem praticamente nada de estoque. A pandemia fez as famílias ficarem mais em casa e a consumir mais arroz. O preço sobe por causa da menor oferta e maior procura. É importante dizer que esse preço faz aquele produtor que tem um pouquinho de arroz no estoque a segurar para ver se vende melhor. 80% de todo o arroz do Brasil vem do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e é um custo de logística muito grande para distribuir para todo o país”, explica.
De acordo com o analista, o preço da saca de 50kg de arroz ficou em torno de R$58,00 reais nos últimos anos. Agora está variando na casa dos R$88,00. O maior preço desde 2008.