Ele passa despercebido. Em nosso meio temos o costume de dar mais atenção ao número um por ser o primeiro, ao número dez por ser o conceito maior e a camisa do Pelé, ao número 24 por razões óbvias. No entanto, outro se destaca. Refiro-me ao número quatro, conhecido como o número do equilíbrio. Basta observar ao redor para ver que ele está presente nos quatro cantos de nosso lar, da cidade, da região, do mundo. Acompanhe-me, por favor...
Para começar, aprendi na escola que em nosso planeta há quatro elementos: ar, água, terra e fogo. São quatro os pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. Primavera, verão, outono e inverno as quatro estações do ano. Os animais têm quatro patas; o homem também, a única diferença é que aprendeu a andar em pé. Mesas, camas, cadeiras e vários outros utensílios são feitos com quatro pés. Eventos importantes como as eleições são realizados sempre de quatro em quatro anos. Aliás, por falar em política, o nosso político mais famoso tem apenas quatro dedos em uma das mãos. A Copa do Mundo acontece de quatro em quatro anos também. É bom lembrar que, no futebol, se uma equipe perde de goleada, geralmente se diz que ela caiu de quatro. Há mais casos, basta pensar... A bíblia tem quatro evangelhos, escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Os naipes das cartas do baralho coincidentemente são quatro: ouros, paus, copas e espadas. E outros mais.
Peço licença para acrescentar alguns exemplos meio indecentes, mas muito relevantes nesta análise sobre o número quatro. A famosa suruba para ser boa precisa ser composta de, no mínimo, quatro participantes. E, peço desculpas mais uma vez, dizem por aí que a melhor posição é a “de quatro”. Com relação à minha pessoa, tenho quatro namoradas, já levei quatro surras por causa disso, levanto sempre às quatro da manhã para fazer xixi e tenho quatro amigos agiotas. Nunca se sabe, não é? O dólar está quase atingindo os quatro reais.
A vida humana apresenta quatro idades: infância, juventude, maturidade e velhice. E a cruz que vai ficar sobre a nossa lápide tem quatro pontas. A lápide tem quatro cantos, o cemitério idem. O caixão também tem quatro cantos e geralmente quem carrega são quatro pessoas. É tanto quatro que eu já estou perdido, me sentindo assim meio “passaquatro”. Ah, se derem nota nesta crônica, acho que deve ser... quatro. Bem, vou terminar, sabendo que existem, sobre o tema, várias outras curiosidades que não me lembrei. Pelo menos umas quatro...