Goiás deve ter incremento de R$ 500 milhões em recursos do FCO
Os recursos destinados ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) na linha empresarial devem ser incrementados em R$ 1,5 bilhão ainda este ano, sendo que desse total R$500 milhões serão destinados à Goiás. A garantia foi dada pelo ministro da Fazenda Guido Mantega durante audiência realizada nesta terça-feira (9) em Brasília com o vice-governador José Eliton, o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli e sete senadores da bancada do Centro-Oeste. O encontro foi articulado pela senadora Lúcia Vânia devido a insuficiência de recursos para atender a demanda de investimentos.
Segundo o secretário executivo do FCO em Goiás, Orcino Gonçalves Júnior, que também participou da reunião, há tempos os recursos já não conseguem atender o crescimento do estado. “Em 2011 havia a expectativa de R$1,3 bilhão e foram contratados R$2,06 bi. No ano passado, R$1,5 bilhão era previsto, mas chegamos a R$1,87 bi e neste ano já se esgotaram os recursos para o setor empresarial”, explica, ao comemorar a garantia de incremento no Fundo.
“É uma questão de extrema relevância não só para o desenvolvimento de Goiás e da região Centro-Oeste, como para o crescimento do país, visto que a região é hoje a que mais se desenvolve”, pontuou o vice-governador José Eliton, que na oportunidade representou o governador Marconi Perillo. O ministro Guido Mantega, por sua vez, se comprometeu a dar as condições para que esse crescimento seja contínuo e progressivo e reafirmou que outros R$ 1,5 bilhão, já acertados para a linha rural serão mantidos. No total, R$3 bilhões serão divididos entre os quatro estados do Centro-Oeste.
Além da destinação de mais recursos para a região, o grupo de representantes do Centro-Oeste pediu a publicação a operacionalização do novo Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), cujo decreto se encontra há 60 dias na Casa Civil, aguardando a publicação no Diário Oficial da União. O fundo, de acordo com a senadora Lúcia Vânia, vai ser um instrumento fundamental de desenvolvimento e garantia de recursos adicionais para a região. “Essas questões têm todo o mérito. Vou verificar pessoalmente porque o processo está parado e pedir celeridade”, garantiu o ministro da Fazenda.
O grupo sugeriu ainda que, para dar agilidade aos pleitos, parte dos recursos do PSI/BNDES sejam remanejados para o Banco do Brasil à medida que as operações sejam aprovadas no âmbito do BB. Neste caso, a autorização seria via Conselho Monetário Nacional (CMN).