Secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino disse em entrevista na última terça-feira, dia 25, ao telejornal TBC 1, da TV Brasil Central, que Goiás está com um quantitativo alto de casos, com uma certa estabilização lá no alto, mas que só deverá começar a cair em meados de setembro. Por isso, enfatizou o alerta de que é preciso continuar tomando cuidado, usando máscara, álcool gel, mantendo o afastamento e se isolando quando puder. “A gente percebe uma certa estabilização, mas estabilizado alto. Temos 122 mil casos confirmados. Felizmente, desses 122 mil, 112 mil já foram recuperados. São 2.839 óbitos. A nossa taxa de letalidade está em torno de 2,3% e abaixo da brasileira, que é de 3,3%. Temos mantido o número atualizado de hoje 86% de ocupação de leitos de UTI e 65% de leitos de enfermaria”, contabilizou.
De acordo com ele, os números de ocupação de leitos e UTIs estão iguais aos de três semanas atrás, estabilizado, mas altos do ponto de vista de capacidade operacional. “Por isso, na quarta-feira o COE deliberou no sentido de não voltarem as aulas, porque qualquer movimento extra ao que já existe e que possa induzir ao desequilíbrio dessa estabilidade pode correr risco de colapsar. Até o momento temos conseguido atender toda população”, afirmou.
Ismael disse ainda que entramos em pico na última semana de julho, como estava previsto, mas que ele se fixou em cima e não decaiu ainda. “Imaginamos que começará a diminuir em meados de setembro. Pelo número que temos percebido nas curvas, imaginávamos, num primeiro momento, que seria no final de agosto a queda desse quantitativo diário, mas tem tido muitos casos também no interior do Estado. De forma que devemos ainda seguir mais um mês nesse platô. Assim que atinge o pico, fica lá em cima pra depois começar a ter uma queda significativa”, analisou.
Afirmou também que as estatísticas feitas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) estão bastante semelhantes ao que se imaginava. “Tivemos apoio de alguns estudos da UFG que, quando a gente olha para algumas tendências são as que confirmaram, mas, quando a gente olha para números absolutos que são apontados, felizmente tivemos números menos expressivos do que os apontados pelos estudos” explicou, acrescentando que a pesquisa não avalia todos os aspectos e cabe ao gestor se apoiar nesses estudos e extrair dele o que tem de válido, para tomar a decisão necessária para conduzir a gestão da pasta.