Produtores participam da construção do novo Plano Safra
Por: Rhudy Crysthian
Líderes ruralistas, produtores e representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) se reuniram na quarta-feira (20), na sede da entidade, com o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Neri Geller, para ouvir o setor e estruturar o próximo Plano Agrícola e Pecuário. Goiás sediou a primeira reunião, a próxima será em Mato Grosso.
Na sua última edição, o Plano Agrícola e Pecuária do Governo Federal destinou R$ 86,9 bilhões para financiar o custeio e a comercialização e R$ 28,2 bilhões para os programas de investimentos. Além do aumento de 7,5% em relação ao crédito da safra anterior, a taxa anual de juros também foi reduzida de 6,75% para 5,5%.
Segundo o vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz, o novo Plano Agrícola e Pecuário deve oferecer não apenas crédito, mas sim abranger outras demandas do setor como desburocratização e acesso a essas linhas de financiamento, redução de taxas de juros e aumento de prazos, seguro rural, maiores garantias de comercialização e sustentação de preços, linhas destinadas para investimento em logística, infraestrutura e armazenamento, entre outras demandas.
A defasagem dos preços mínimos foi uma demanda muito enfatizada pelo vice-presidente institucional da Faeg, segundo Bartolomeu, os preços mínimos estão muito abaixo dos custos de produção em setores como cereais, fibras e oleaginosas.
“Esses preços mínimos precisam ser atualizados anualmente”, enfatizou.
Para Bartolomeu, atender a essas demandas é um requisito básico para o crescimento do setor. “A agricultura tem se desenvolvido muito nos últimos anos, mas a duros custos, carecemos de estradas, armazéns, seguro, garantia de preços.
Precisamos resolver esses gargalos. Precisamos de políticas públicas mais eficientes”, disse o líder ruralista ao secretário do MAPA.
O secretário de política agrícola do MAPA, Neri Geller, comentou que o Plano Agrícola e Pecuário deve estar bem articulado com os interesses e necessidades do setor, por isso essas reuniões com os produtores. “Queremos fazer este ano um Plano que seja diferenciado, articulado com as necessidades da classe produtora brasileira”, destacou.
A reunião também contou com representantes dos setores de suinocultura, grãos, algodão, cana-de-açúcar, pecuária de corte e de leite e uma equipe da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado de Goiás (Seagro).