Guerra eleitoral em Goiatuba pode terminar dia 20
A guerra jurídica travada entre as duas coligações que disputaram as eleições municipais de 2012 que se arrasta até o presente momento pode chegar ao fim na próxima quinta-feira (20). É que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) agendou para este dia o julgado da Ação Cautelar n? 6498, que trata de investigação judicial eleitoral, abuso de poder econômico, captação ilícita de sufrágio e pedido de efeito suspensivo, crimes supostamente cometidos pela Coligação “Goiatuba pra Frente”, responsável por eleger o prefeito Reinaldo Candido da Silva (PSDB).
Desde o período eleitoral as duas coligações travam uma “guerra” jurídica e até esse momento. Apesar da diplomação e posse dos eleitos nas eleições de 7 de outubro, o prefeito Reinaldo Cândido ainda não conseguiu deslanchar seu governo emaranhado em meio a uma avalanche de denúncias e processos por supostos crimes eleitorais cometidos no curso da eleição.
A primeira derrota de Reinaldo e sua Coligação pode ter acontecido quando a Justiça Eleitoral o condenou parcialmente por participar de eventos promovidos pelo poder público dentro do período restritivo pela legislação eleitoral. A segunda derrota e a que pode ser a pior, foi a prisão do ex-vereador Sieber Buzain pela Polícia Federal e Justiça Eleitoral desmantelando um suposto esquema de compra de votos, conforme denúncia do Ministério Público que considerou que Reinaldo Cândido e alguns candidatos a vereador obtiveram vantagens com este suposto esquema, cassando o mantado destes eleitos em 7 de março de 2013.
Para alguns analistas da política goiatubense, a terceira grande derrota foi a divulgação na internet de diversos vídeos registrados por Sieber e apreendidos pela Justiça Eleitoral mostrando as negociações, sendo que o prefeito Reinaldo aparece nos vídeos.
Torcida – A classe empresarial goiatubense torce para que este caso chegue ao fim. É que a insegurança jurídica tem causado prejuízos sem precedentes para economia local, que associada a baixa produtividade nas lavouras tem provocado grave resseção e já provoca demissões.
A insegurança jurídica está sendo agravada pela atual administração que ainda não tem um norte a seguir; seis meses depois assumir o comando não efetuam pagamentos a fornecedores que ficaram com saldo para receber da prefeitura municipal na gestão anterior, não revela qual é o plano para recuperar a credibilidade do poder público e não divulga nenhuma estratégia, aumentando as incertezas e levando mais dificuldades para as empresas que geram empregos e impostos.