Paulo Henrique, presidente do Sindicato Rural durante abertura do evento.
Reinaldo vai ao local mais não aceita participar de debate
Com pouco mais de uma hora de atraso, o candidato da Coligação “Agora é a vez do povo”, Reinaldo Cândido da Silva (PSDB), compareceu com sua equipe de assessores e correligionários na sede do Sindicato Rural, onde estava agendado para acontecer o debate entre os dois candidatos que disputam o cargo de prefeito da cidade de Goiatuba.
A ausência de Reinaldo no debate já era dada como certa. Segundo uma fonte ligada ao Sindicato Rural, antes de ser agendada a data do debate, os dois candidatos teriam sido consultados e aprovaram a realização do debate, a partir daí a diretoria informou à FAEG, entidade que coordena os agricultores do Estado de Goiás e criou o projeto “O que esperamos do próximo prefeito”.
Após a confirmação, o Sindicato emitiu oficio convidando oficialmente os candidatos e quais seriam as regras do evento. Na mesma data, o candidato da Coligação “Goiatuba para Todos”, Fernando Vasconcelos (PMDB), assinou o convite, o qual recebeu o protocolo do Sindicato Rural, todavia, orientado por sua assessoria, Reinaldo Cândido não assinou o documento.
Especulou-se nos bastidores político, Reinaldo Cândido que é produtor rural, procurou seu amigo e parceiro político Bartolomeu Braz Pereira (DEM), o “Tim”, que é diretor institucional da FAEG para mudar o formato de debate para sabatina, sob a alegação de que não havia segurança.
Um dia antes do evento, o candidato Fernando Vasconcelos recebeu uma ligação sugerindo a mudança do formato. Na oportunidade, o candidato respondeu que foi convidado para um debate e que estava pronto e se apresentaria no horário e local marcado. Fernando chegou ao Sindicato às quatorze horas, conforme determinava o convite assinado pelo presidente do Sindicato Rural.
Como a legislação eleitoral não permite a realização de debate quando não há acordo entre as partes, nesse caso como só havia 2 candidatos, precisaria de 100% de aprovação, o que não aconteceu diante da recusa de Reinaldo Cândido. O candidato que participou do seminário onde foi feito o diagnóstico para elaboração do documento que seria usado como base do evento, foi convidado para receber sua cópia, assim como o candidato Fernando Vasconcelos. Os dois candidatos não tiveram direito ao uso da palavra.
A não realização do debate criou um clima ruim e também muita baixaria nos bastidores. Foram trocas de acusações e no final quem saiu perdendo, conforme ressaltou o próprio presidente do Sindicato Rural, Paulo Henrique Garcia Cardoso, “foi a democracia”.
Fernando Vasconcelos (PMDB) cumprimenta Reinaldo Cândido (PSDB)
Desdobramentos do evento
Após o cancelamento do evento, o candidato Fernando Vasconcelos deixou a sede do Sindicato Rural nos braços de seus apoiadores que improvisaram uma carreata que percorreu as principais ruas da cidade comemorando a recusa do oponente.
No dia seguinte, a batalha continuou nas emissoras de rádio e com o apresentador Fernando “M” chegando a extrapolar os limites legais, inclusive acusando que a coligação teria “roubado” documento dentro do Sindicato Rural, o que mais tarde foi desmentido pelo diretor da FAEG Bartolomeu Braz Pereira, no programa do apresentador Glay di Meneses.
Segundo a assessoria jurídica da Coligação “Goiatuba para Todos”, uma série de medidas jurídicas foram tomadas, entre elas o pedido de direito de resposta, já que a Coligação não foi convidada a participar do programa e dar sua versão dos fatos, prevalecendo apenas a versão do apresentador que apoia o candidato tucano.