"Sou oposição, só eles não sabem"
Seguindo com o projeto editorial de entrevistar os principais pré-candidatos a prefeito nos municípios de abrangência do Jornal Goiás Interior, o entrevistado desta semana é Ronaldo Salatiel (foto), 50, pré-candidato pelo Partido Progressista. Ele é graduado em Administração de Empresas, pai de Álvaro Neto (Agrônomo) e Cristiane Salatiel (Engenheira Civil), filhos de seu casamento com Vanise de Oliveira Salatiel (falecida). Ronaldo foi vereador (1993/1996), secretário de Agricultura (1997) e secretário de Obras (2000/2004). Atualmente está casado com Cássia Oliveira Diniz. Confira os principais pontos da entrevista.
GI: Como surgiu o interesse pela disputa eleitoral, especialmente, neste ano a prefeito?
Ronaldo: Há muito venho atuando com muita dedicação e empenho visando ser prefeito de nossa cidade. Entendo que este é o melhor momento para que isto aconteça, haja visto, que estou filiado a um partido da base do Governo Estadual e estou amparado por diversas lideranças partidárias tanto a nível do estado quanto do município, portanto, muito confiante.
GI: Você tem um histórico familiar político, isto ajuda ou atrapalha?
Ronaldo: Acredito que pode ajudar muito, se for levado em conta pela população goiatubense a maneira como sempre fizemos política. Sempre tivemos um representante da família ocupando cargo público, aliás, nossa família é a que mais elegeu vereadores na história de Goiatuba. Além de ter tido vice-prefeito e um dos melhores prefeitos que por aqui passou. Isto sem falar que mesmo antes de receber remuneração já tínhamos representantes no legislativo goiatubense.
GI: Você já foi vereador, secretário municipal, em que isto ajuda neste teu projeto?
Ronaldo: Estas funções ocupadas me proporcionaram ao longo dos anos incrementar meus conhecimentos e experiências para administrar órgãos públicos, me tornando um cidadão a altura de zelar dos interesses da sociedade como um todo, seja na área da saúde, da educação, da cultura, do esporte e lazer, do social e da infra estrutura do município.
GI: Você fez parte do atual governo municipal, porque deixou-o?
Ronaldo: Quando fizemos a coligação em 2008, ficou acertado entre eu e o candidato Marcelo Coelho, que o acordo se limitava à eleição daquele ano, e que na eleição de 2010 para governo do estado eu estaria livre para apoiar o candidato da minha preferência, foi o que fiz. O primeiro turno foi disputado no dia 4 de outubro e no dia 5 de outubro fui exonerado pelo Sr. prefeito, através de um telefonema feito pela sua secretária.
GI: Alguns líderes políticos oposicionista ao atual governo afirmam que você não é oposição. É verdade?
Ronaldo: Claro que sou oposição, se eu não fosse com certeza teria ficado sem posicionar naquele pleito, só eles fingem que não sabem. Basta ver quais candidatos apoiei inclusive com um comitê aberto na Avenida Clovis Rodrigo do Vale ao lado da Bouquet, onde podia ser visto o grande trabalho que fizemos para o candidato a governo do estado Marconi Perillo, o Deputado Leonardo Vilela, o Deputado Estadual Ney Nogueira, o Deputado Estadual Iso Moreira. Estes mesmos “líderes” (tidos como oposicionistas), são aqueles que na eleição de 2008 conseguiram desarticular nosso grupo me tirando a oportunidade de sair candidato naquela eleição e mais uma vez estão tentando de qualquer forma neutralizar meu trabalho rumo a uma candidatura a prefeito.
GI: Muitos afirmam que a eleição em Goiatuba é algo muito caro e precisa de milhões. Aparentemente você não tem dinheiro, como pretende disputar as eleições?
Ronaldo: Esta realmente é uma situação preocupante a meu ver. É sabido que já é muito grande o movimento de cabos eleitorais recrutando pessoas para captação de votos em troca de dinheiro. Terei também que enfrentar o candidato do prefeito que utilizará do peso da estrutura da prefeitura em prol do seu candidato, porém estou preparado para encarar esta situação da seguinte maneira: continuar com meu trabalho corpo a corpo, com presença constante em todos os segmentos da sociedade, apoiando os movimentos organizados, o esporte, a cultura, etc., além de alertar o eleitor para o fato de que gastos excessivos geralmente é um indício de como será a condução do pleito caso o vencedor for o gastador dos milhões. Lembrando que durante todo o exercício o prefeito eleito recebe pouco mais do que meio milhão de reais.
GI: Como você vê os grupos ditos como oposicionistas? Unem ou não?
Ronaldo: Vejo com indignação e tristeza. Enquanto a oposição se acerta e trabalha um só nome, no nosso meio ainda reina a desunião, o desentendimento, o ataque direto a membros que compõe os “referidos grupos”. Acredito que as chances de união são remotas, porém não impossíveis, desde que estes que se dizem “líderes” mudem suas atitudes.
GI: Qual seu projeto, caso consolide seu projeto e vença as eleições?
Ronaldo: Transformar Goiatuba numa cidade de oportunidades. Onde todos que nasceram ou escolheram aqui morar possam usufruir das conquistas, frutos de um trabalho a ser desenvolvido junto a comunidade, onde buscarei montar uma equipe de governo comprometido com o bem estar da população, com atuação intensa na melhoria de nossa infra estrutura, na capacitação de mão de obra, na qualificação de nossos empregados e jovens, tornando nossa cidade apta a receber empreendedores dispostos a contribuir com nosso desenvolvimento. Destacando ainda ações visando buscar parcerias com Deputados e Senadores da nossa base política para captarmos recursos nas áreas da saúde, educação, cultura, esporte e lazer, junto ao governo do estado, como também, junto ao governo federal, haja visto, que meu partido político compõe a base do governo estadual e federal. Portanto vislumbro um horizonte muito promissor para nossa cidade.
GI: Como deve ser Goiatuba no ponto de vista do seu hipotético governo?
Ronaldo: Uma cidade justa, onde reine a paz, onde haja esperança e fé, com mais oportunidade de empregos, salários mais dignos, pessoas do governo comprometidas com o bem estar coletivo, para que todos que necessitarem possam buscar serviços descentes na saúde pública, na educação, etc. Uma cidade com suas vias completamente restauradas e limpas, revitalizar nossas praças, construir novas quadras de esportes e recuperar as já existentes, dar uma atenção especial as estradas vicinais do município e ter um zelo especial na questão social.
GI: A FAFICH é considerada o maior patrimônio goiatubense, qual seu pensamento em relação ao futuro da instituição?
Ronaldo: É verdade que a FAFICH é nosso maior patrimônio, e basta você percorrer seus corredores que verá nossa participação no seu crescimento. A maioria das construções ali contidas vem do nosso governo (2001-2004), sem falar que um dos cursos de maior importância para a Instituição é fruto do nosso trabalho e dedicação. No final do ano de 2004, findando o governo do Sr. Godofredo Jerônimo da Silva, deixamos aprovado para a gestão posterior, o curso de Direito tão esperado para nossa região. Então posso falar com muita propriedade sobre ela, até porque, acredito que ali está a porta de entrada do desenvolvimento de Goiatuba. Como goiatubense já levantei informações e estou buscando discussões no intuito de transformá-la em uma Universidade Federal. Já sei que é possível e viável, e esta será para nós goiatubenses, com certeza a maior vitória a ser conquistada. Imagine vocês termos aqui na nossa cidade como exemplo o curso de Medicina? Eu já imaginei e estou em busca de pessoas dispostas a me apoiar neste projeto para o engrandecimento de Goiatuba.
GI: A saúde é outro ponto que trás boa repercução regional para o município, como você pretende gerí-la, caso vença as eleições?
Ronaldo: Com muita seriedade e respeito. Entendo que é uma área que demanda muita atenção e acima de tudo responsabilidade. Qualquer ação que não seja executada a tempo e hora pode representar uma tragédia. Portanto, serei cauteloso ao escolher os membros que irão dedicar a esta pasta, para que a população como um todo possa gozar de uma saúde de qualidade incrementando as ações mais importantes como: construção de rede de esgoto eliminando fossas sépticas, na prevenção, como médico da família e investimentos condizentes com a nossa realidade e apoio direto através de uma assistência social justa e humana aos nossos carentes.
GI: Considerações finais
Ronaldo: Goiatuba passa no momento por uma fase delicada. A falta de ações concretas por parte dos atuais governantes tem nos levados a perda de receitas importantes e a constante deterioração dos salários recebidos pelos nossos empregados. Isto se deve a falta de um planejamento político, aliados aos baixos investimentos no município, o que tem gerado um descontentamento imenso no meio empresarial, provocando o achatamento dos salários dos goiatubenses, haja visto, que o maior empregador do município ainda é a prefeitura municipal. Precisamos mudar essa realidade e isso não é difícil. Goiatuba possui um povo trabalhador, terras férteis, com uma diversidade de bens produzidos e o que nos falta a meu ver é apoiar essa gente interessada em ver o nosso crescimento, cabendo ao futuro prefeito atuar diuturnamente na busca de ações que visam o engrandecimento com seriedade e respeito ao povo goiatubense.